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sábado, abril 11, 2015

O êxito de Passos: numa economia de baixos salários
a educação não é uma prioridade

Sem um mínimo de pudor, Passos Coelho disse hoje: «É preciso continuar essa aposta que tem sido feita na Educação». Para começo de conversa, eis três gráficos — o primeiro sobre o abandono da qualificação de adultos, o segundo sobre o intolerável agravamento do insucesso escolar e o terceiro sobre a redução em 15% dos alunos no ensino superior — que mostram não apenas os resultados da política de Educação do Governo como a desfaçatez do alegado primeiro-ministro:
Via Facebook do Partido Socialista

quarta-feira, março 25, 2015

Uma geração abandonada à sua sorte

António Costa, intervindo numa conferência sobre Educação, afirmou que o principal erro do Governo português foi ter acabado com o programa Novas Oportunidades. Nuno Crato, há muito caído em combate, foi encarregue de murmurar uma reacção, para que não se pudesse dizer que quem cala consente. O pior é a realidade, com os próprios dados do Ministério da Educação a desmentirem o agonizante Crato:

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quarta-feira, abril 02, 2014

Pós-troika: rotundo falhanço se não apostar na produtividade,
na melhoria da justiça e no estancamento da emigração jovem


• Manuel Pinho, Por que razão a economia não cresce?:
    «(…) Como estamos? Estamos muito mal. De acordo com as estimativas de Paul De Grauwe, Portugal tem o stock de capital por trabalhador mais baixo, de longe, entre os países da zona euro. O stock de capital é inferior à Grécia, cerca de metade da Espanha e menos de um terço do que na Alemanha e na Holanda. Como seria possível o trabalhador português produzir o mesmo que o alemão ou holandês com apenas um terço do stock de capital? A causa desta situação desoladora é, globalmente, as empresas e o Estado terem investido tão pouco, e nalguns casos tão mal.


    Para onde vamos? Vamos de mal a pior. O stockde capital é o resultado de anos e anos de investimento, que devia estar a aumentar, mas tem vindo a cair a pique. Em 2013, a FBCF foi, a preços constantes, a menor dos últimos 25 anos, 60% do registado em 2008 e pouco mais de metade de quando Portugal aderiu ao euro. Uma catástrofe!

    A queda a pique do investimento contraria a ideia de que ele depende fundamentalmente do nível das taxas de juros, porque elas baixaram fortemente desde a adesão ao euro e, além disso, o crédito bancário às empresas foi muito abundante.


    Por outro lado, invocar por tudo e por nada os custos de contexto como explicação para a queda do investimento é mais um mito, uma vez que o ambiente de negócio (custos de contexto) melhorou muito, em parte devido ao Simplex e à agilização da negociação dos projetos apoiados por fundos comunitários, de tal maneira que Portugal está atualmente à frente da Suíça e da Dinamarca no ranking Doing Business do Banco Mundial.

    Apesar de não ser simples de explicar, a queda do investimento não é uma inevitabilidade e vale a pena olhar para o período em que duplicou o número de hotéis de cinco estrelas e foi possível mobilizar projetos de investimento como a refinaria da Galp em Sines, a fábrica de papel da Portucel em Setúbal, o projeto da Embraer em Évora, a fábrica de mobiliário da Ikea em Paços de Ferreira, a de turbinas eólicas da Enercom em Viana do Castelo, etc. Não há qualquer razão para que este ritmo de investimento, que em larga medida explica o recente aumento das exportações e das receitas do turismo, tenha sido interrompido, é necessário que se mantenha uma forte dinâmica do investimento ano após ano.


    Também há duas questões relativamente ao nível de qualificação da força de trabalho, como estamos e para onde vamos?

    Onde estamos? Muito mal. A nova geração de portugueses tem um nível de educação relativamente próximo da média do que se verifica nos países mais desenvolvidos, o que explica a sua relativa facilidade em emigrar, porém as gerações mais velhas têm qualificações muito baixas. Apenas 35% dos portugueses com mais de 25 anos terminaram o 2.º ciclo de escolaridade, o que compara com 86% na Alemanha, 84% na Finlândia e 72% em França. Na realidade, de acordo com os dados da OCDE, em Portugal o nível médio de qualificações dos adultos será bastante inferior ao de países que são mais pobres, por exemplo Chile, México e Argentina.

    Para onde vamos? De mal a pior por duas razões principais. Primeiro, foram interrompidas as políticas de qualificação dos adultos com um baixo nível de escolaridade, por exemplo o programa Novas Oportunidades. Porquê? Segundo, os jovens foram aconselhados a emigrar. (...)»

sexta-feira, março 07, 2014

Novas oportunidades: a enxadinha


Vejam como isto anda tudo ligado. O caminho já fora, em tempos, indicado por Passos Coelho: os «jovens desempregados podem ter uma oportunidade na agricultura». A juventude do CDS procurou adaptar-se à nova realidade, dispondo-se a dar um passo para a abolição do ensino obrigatório. Cavaco Silva, que se mantém mudo e quedo perante todas as arbitrariedades do Governo, deu hoje um ar da sua graça, ao convocar os jovens a «fazer uma experiência na agricultura». É o consenso total entre Belém e São Bento.

Definitivamente, pôr a juventude a estudar está acima das nossas possibilidades. As novas oportunidades estão no campo.

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Hoje

Apresentação de VIDA ACTIVA, de Susana Nobre,
e debate com a presença da realizadora e de Pedro Abrantes
[sociólogo, professor da Universidade Aberta e investigador do CIES-ISCTE]

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O filme, estreado no festival DocLisboa em 26 de Outubro de 2013, suscita uma boa reflexão "sociológica" sobre os impactos na vida das pessoas das Novas Oportunidades. Neste caso, uma sociologia post-mortem, portanto, depois do esquartejamento das Novas Oportunidades, cortesia entre outros do ministro Crato.

sábado, dezembro 07, 2013

A festa socialista: resultados


    “(…) agora que parece mais claro que a paixão socialista pelo ensino foi um sucesso, ainda vamos a tempo de parar de desmantelar os seus programas e antes tentar melhorá-los sem destruir as suas virtudes. Senão, continuaremos no erro trágico da educação do nosso país: reformar constantemente deitando a perder as conquistas dos antecessores.”

O artigo do insuspeito Ricardo Reis, professor de Economia na Universidade de Columbia, merece ser lido na íntegra.

terça-feira, outubro 08, 2013

O Crato dos exames exime-se a ser avaliado


Hoje é o dia de apresentação pela OCDE dos primeiros resultados do PIIAAC, também conhecido por PISA dos adultos.

Os jornalistas escusam de procurar elementos sobre Portugal: o ministro Nuno Crato decidiu que Portugal não tinha dinheiro para participar neste estudo internacional que reúne 24 países.
    Pedro T.