Se Cavaco Silva indigitar Passos Coelho para a formação do governo, estaremos em presença de uma situação sem precedentes após a aprovação da Constituição da República: uma minoria de direita a governar
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quarta-feira, outubro 14, 2015
Um pouco de história
Se Cavaco Silva indigitar Passos Coelho para a formação do governo, estaremos em presença de uma situação sem precedentes após a aprovação da Constituição da República: uma minoria de direita a governar
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quarta-feira, outubro 08, 2014
Do PRD ao PDR
| O programa de Augusto Santos Silva pode ser visto na íntegra aqui |
- «O tom do discurso do Presidente da República no passado dia 5 de Outubro é aquele tom que nós conhecemos que é dizer mal do sistema política e do sistema político-partidário, rasurando a sua própria pertença e o seu próprio protagonismo nele. Eu, aliás, estava à espera — o Presidente da República discursou de manhã — de vê-lo depois à tarde em Coimbra a participar na fundação do PDR, do partido do Dr. Marinho e Pinto, porque o tom foi exactamente o mesmo.»
- Augusto Santos Silva, na TVI 24
Eanes não se expôs tanto. Estando ainda em Belém, enviou a sua mulher, Manuela Eanes, que o representou na fundação do PRD. Cavaco Silva poderia ter seguido o exemplo do presidente das suas comissões de honra nas candidaturas à presidência da República. O sinal de ver chegar a Coimbra Maria Cavaco Silva seria suficiente.
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segunda-feira, novembro 25, 2013
“O Sr. Professor não conhece nenhuma forma de democracia sem partidos?”
| Sessão evocativa de Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei |
“Em meados de 1977, o Presidente Ramalho Eanes já estava muito indisposto contra os partidos políticos portugueses (…).
Em longa conversa a sós, no Palácio de Belém, depois de tantos desabafos, perguntou-me:
- — O Sr. Professor não conhece nenhuma forma de democracia sem partidos?
De imediato respondi:
- — Conheço, sim, Sr. Presidente. Conheço até duas: a «democracia popular», como existe na Europa do Leste, e a «democracia orgânica», concebida e posta em prática pelo doutor Salazar.
Ramalho Eanes, desapontado e com um meio-sorriso, comentou:
- — Pois é. Toda a gente me diz que não pode haver democracia sem partidos. É pena.”
Diogo Freitas do Amaral, AO CORRER DA MEMÓRIA, p. 113
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quarta-feira, setembro 04, 2013
É oficial: o PS não concorre em Cascais
Apresentemos as personagens desta farsa pela ordem de entrada em cena: João Cordeiro, Ramalho Eanes e Carlos Moreno.
João Cordeiro, presidente da Associação Nacional de Farmácias durante longos anos, opôs-se a todas as medidas propostas ou adoptadas pelo PS para robustecer o Serviço Nacional de Saúde na área do medicamento.
Ramalho Eanes, depois de inúmeras peripécias, fez do seu segundo mandato presidencial a rampa de lançamento para a criação de um partido político — o PRD — destinado a combater o PS, vendido depois aos “nacionalistas” que o transformaram no PNR. Só voltou a dar sinais de vida quando foi anunciado que obtivera um “doutoramento” numa universidade do Opus Dei (cuja tese era uma enorme resenha de recortes da imprensa) e quando assumiu a presidência da “comissão de honra” das candidaturas de Cavaco à presidência da República.
Carlos Moreno foi juiz do Tribunal de Contas. Abandonou a instituição logo a seguir à derrota da malograda Dr.ª Manuela em 2009. Era o sonho de uma vida que se esboroava: ele que nunca conseguira, apesar de várias tentativas, ser eleito vice-presidente do Tribunal de Contas pelos seus pares, tinha a promessa de que chegaria a presidente. A sua carreira foi feita à sombra do cavaquismo (um cargo na “Europa”, a direcção da Inspecção Geral de Finanças…). O CC foi surpreendido várias vezes pelas auditorias a que Moreno apunha a sua assinatura, várias das quais obrigaram outros juízes a declarações de voto nas quais desmontavam as alucinações constantes dos relatórios produzidos.
Acontece que João Cordeiro foi escolhido pelo PS para candidato à presidência da Câmara Municipal de Cascais, Ramalho Eanes para mandatário da candidatura (não aceite pelo tribunal por não residir naquele concelho) e Carlos Moreno para participar em colóquios do PS de Cascais.
Ora, como disse Ferro Rodrigues aquando da escolha de João Cordeiro, “se não se respeitar a memória dos combates do passado, será difícil mobilizar para os combates do presente e do futuro”.
Pode um grande partido como o PS não se apresentar às eleições autárquicas num concelho como Cascais? Não pode evidentemente, mas é o que está a acontecer. É oficial: o PS não apresenta candidatura em Cascais nas eleições autárquicas.
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segunda-feira, julho 01, 2013
Opus banking
Aparentemente, o que está em causa no percurso de Jardim Gonçalves não é o passado remoto, mas as práticas recentes. Em todo o caso, quanto ao papel desempenhado na “reforma do sistema bancário pós-25 de Abril” pelo ex-presidente do BCP, o que a memória regista é uma exploração desenfreada dos seus empregados, que eram forçados a trabalhar fora de horas sem contrapartidas (o que motivou a intervenção da Inspecção Geral do Trabalho), e a recusa em admitir mulheres no banco. Pode no entanto acontecer que Eanes tenha conhecimento de atributos que escapem a um mero leigo.
quinta-feira, março 14, 2013
O fato novo do PR
• Rui Pereira, O fato novo do PR:
- ‘(…) durante os mandatos de Eanes e Soares, as palavras presidenciais feriam tanto como os punhais, confirmando a poesia de Eugénio de Andrade. Os governos tremiam na véspera do discurso de 25 de abril e uma palavra mais severa podia desencadear a crise ou induzir inflexões políticas sensíveis. Vigorava, à época, um regime semipresidencial, em que o executivo, responsável pela condução da política geral do País, era "controlado" por um Presidente que impunha limites, prevalecendo-se da legitimidade do sufrágio direto e universal.
Este estado de coisas acabou por se alterar sem que nenhuma revisão constitucional o justificasse, confirmando-se, assim, que a lei escrita não é a única fonte de Direito Constitucional. Hoje, o Presidente da República continua a falar, mas fala baixo – e, segundo o próprio deixou entender, de preferência em conversas a dois com o Primeiro-Ministro. O Governo, por seu turno, não parece especialmente impressionado com essas conversas. Os poderes presidenciais de demissão do executivo e de dissolução do parlamento já não assustam ninguém.
Na verdade, o sistema deixou de ser semipresidencial com Cavaco Silva (…).’
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segunda-feira, agosto 20, 2012
Da acefalia à bicefalia?
• Tomás Vasques, Está o Bloco bloqueado?:
- ‘Francisco Louçã, o mais antigo dirigente partidário português no activo (LCI, PSR e BE), por iniciativa própria ou por pressão interna, vai abandonar a liderança do seu partido, cargo que, entre os bloquistas, se designa eufemisticamente de “porta-voz”. Esta anunciada saída só pode ser entendida como o reconhecimento de que o antigo líder trotskista, depois de ter protagonizado o crescimento eleitoral do Bloco, passou a ser um estorvo para o seu partido, como o demonstrou a estrondosa derrota eleitoral nas últimas eleições legislativas, que reduziu os bloquistas a metade dos votos e dos deputados.
O Bloco de Esquerda é uma das duas inovações que arejaram o quadro partidário saído do 25 de Abril, ambas com o mesmo objectivo: disputar o “espaço” eleitoral do Partido Socialista. A primeira inovação – o Partido Renovador Democrático, confeccionado no Palácio de Belém por Ramalho Eanes – conseguiu obter 18% dos votos e 45 deputados nas eleições legislativas de 1985, quase igualando o PS. Contudo, este resultado foi o “canto do cisne” que antecedeu o “desastre” eanista: anos depois, após obter 0,65% dos votos, em 1991, o PRD foi comprado – literalmente – por um grupo de extrema-direita, o Movimento de Acção Nacional. Nesta altura, as tentativas de Francisco Louçã para afirmar eleitoralmente o “socialismo de esquerda” resultaram em grandes fracassos eleitorais. Em 1983, o seu partido de então – o PSR – coligou-se com a UDP e obteve 0,44% dos votos expressos. Foi preciso esperar 15 anos para que, em 1999, aparecesse o Bloco de Esquerda – a velha coligação do PSR e da UDP, a que se juntaram alguns dissidentes do PCP agrupados à volta de Miguel Portas. O novo partido elegeu, então, dois deputados. Em dez anos, de 1999 a 2009, o Bloco cresceu de 2,4% para 10%, ultrapassando os comunistas.’
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