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domingo, maio 31, 2015

Da série «Que se lixem as eleições»


A três semanas do termo do prazo da entrega das declarações do IRS para os contribuintes com rendimentos do «trabalho independente», Mota Soares publicou, num cantinho do site do Ministério, um ofício a dar conta que a apresentação da declaração de IRS deveria ser acompanhada do anexo SS. A falta de entrega implicaria uma coima de 250 (duzentos e cinquenta) euros.

Perante a trapalhada da informação tardia, os protestos foram generalizados. Os estarolas, que ameaçavam com a assombrosa coima, assustaram-se. O inefável Mota Soares, que só trata de despejar dinheiro nas IPSS, já veio dizer que ninguém será multado. Tornou-se, com as eleições à porta, muito compreensivo.

sexta-feira, maio 29, 2015

Da série «Que se lixem as eleições»

    «Tranquila e sorriso no rosto. Foi assim que a ministra da Administração Interna recebeu ontem o maior sindicato da PSP, para a segunda ronda de negociações sobre o polémico estatuto. "Quero dizer que a minha intenção é ir ao encontro das vossas expetativas", terá declarado Anabela Rodrigues logo do início da reunião, de acordo com uma fonte que acompanhou os trabalhos.

    Resultados? A promessa da admissão de 500 novos polícias por ano, a partir já de 2016, até 2019, para compensar e as saídas, o horário de trabalho manter-se nas 36 horas semanais e a cedência a uma das principais e mais difíceis reivindicações sindicais: a pré-aposentação aos 55 anos, sem cortes e sem necessidade, como agora, de autorização superior do diretor nacional da PSP, sempre moroso.»
      Hoje no DN

quinta-feira, maio 28, 2015

Da série «Que se lixem as eleições»


    «Os polícias partem hoje para mesa de negociações muito mais fortes que antes - conseguiram unir, pela primeira vez, as 12 estruturas sindicais da PSP - e com uma ministra fragilizada, mais vulnerável e contestada pela própria coligação PSD/CDS. Ao que o DN apurou, Anabela Rodrigues foi mesmo afastada da gestão política do processo, o qual, foi conduzido diretamente pelo gabinete de Pedro Passos Coelho, em coordenação com Paulo Portas. Os vários alertas que chegaram sobre um inevitável cenário de manifestações em plena campanha eleitoral, criaram uma inquietação em todo o Governo e foi o pretexto mais forte para a desautorização da ministra.

    Maria Luís Albuquerque também foi envolvida e deu aval para "alguns acertos" remuneratórios, disse ao DN fonte governamental.»
      Hoje no DN
A Pietà da Administração Interna continua ministra como se não fosse nada consigo.

segunda-feira, maio 25, 2015

Da série «Que se lixem as eleições»


A Pietà da Administração Interna anunciou um reforço de verbas no valor de «três milhões de euros» para as corporações de bombeiros, o que equivale a «um aumento médio de 12 por cento».

domingo, maio 24, 2015

Da série «Que se lixem as eleições»


Governo autoriza 6.000 promoções nas Forças Armadas. E para que não restem dúvidas de que o descongelamento das promoções não tem nada a ver com eleições, Aguiar Branco diz que «a decisão de descongelar as promoções nas Forças Armadas foi tomada em 2011». Para acontecer em 2015.

segunda-feira, abril 20, 2015

Da série «Que se lixem as eleições» [1]

... durante seis meses

A parte mais importante da campanha eleitoral é invisível: criar a percepção de que a situação do país melhorou, através de inúmeros expedientes. Desde o controlo férreo da comunicação social à distribuição temporária de dinheiros públicos para disfarçar a miséria que se multiplica, passando pela maquilhagem das estatísticas.

Neste contexto, arranca hoje mais uma iniciativa para camuflar o desemprego (e pressionar a descida dos salários de quem tem emprego): o programa «Reativar», com um orçamento de 43 milhões de euros. Destina-se a suportar, durante seis meses, até 80% do valor do estágio às pequenas e médias empresas que contratem desempregados com mais de 31 anos e que estejam inscritos nos centros de emprego há mais de um ano. As outras empresas poderão receber 65% do subsídio.

Os «estagiários» serão pagos abaixo das remunerações estabelecidas em contratação colectiva: entre 419,22 euros (abaixo do salário mínimo nacional, que é de 505 euros) e 691,7 euros brutos.

O gráfico aqui reproduzido ajuda perceber que o objectivo não é o combate ao desemprego, mas o de maquilhar a parcela de «inactivos» que conta para o cálculo da taxa de desemprego. É por isso que, tendo a duração de seis meses, o programa «Reativar» será desactivado mal estejam concluídas as eleições legislativas.

segunda-feira, abril 28, 2014

Que se lixem as eleições…

Na última edição do Expresso

… mas o Expresso só contou uma parte da história, a que se desenrolará na antevéspera das eleições legislativas. Entretanto, antes de descer, o gás sobe. É o mercado eleitoral a funcionar.

quarta-feira, abril 09, 2014

Das vantagens de ter um português
na presidência da Comissão Europeia

José Manuel Durão Barroso recebeu hoje em Bruxelas Bruno de Carvalho, presidente do Sporting (o meu clube, note-se), tendo a agenda da reunião incidido sobre o seguinte: a dimensão europeia do desporto e iniciativas do executivo comunitário neste campo.

Como não é de supor que o presidente da Comissão Europeia possa receber dirigentes dos dois ou três principais clubes dos 28 países da União, está finalmente encontrado o motivo pelo qual foi de uma enorme importância para todos nós ter um português à frente dos destinos da Europa.

sexta-feira, abril 04, 2014

Que se lixem as eleições?

• Daniel Oliveira, Que se lixem as eleições?:
    «(...) Agora vêm as Europeias. Ao contrário das Autárquicas, não são os lugares dos outros que estão em perigo (os eurodeputados a eleger são pouco mais de meia dúzia). É o seu, dos seus ministros e dos seus protegidos. Porque as Europeias são, tradicionalmente, muito mais do que as Autárquicas, um teste ao governo. Porque estas acontecem a um ano das legislativas. Porque é agora que entramos no ano de todos os perigos para Pedro Passos Coelho. As eleições já o preocupam. Mas a estratégia não é aprender com erros ou ouvir as críticas. É a de sempre: prometer muito, prometer tudo. Depois logo se vê. É exatamente o que Passos Coelho fez nas últimas eleições legislativas. O que me espanta é que, depois de conhecerem a divergência absoluta entre o prometido antes de ir a votos e o feito depois de chegar ao governo, ainda houvesse quem acreditasse que Passos se estava mesmo a lixar para as eleições.»

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

sábado, fevereiro 01, 2014

Manobras eleiçoeiras

O estratagema de “suspender” os cortes aos pensionistas até às eleições europeias é da mesma natureza do ardil que o Governo montou em relação aos voos entre Lisboa, Vila Real e Bragança, como descreveu José Sócrates no passado domingo:


José Sócrates na RTP em 26 de Janeiro de 2014
Telejornal (2.ª parte, a partir do minuto 5:08)
Partilhado por Manuel Cintra

Que se lixem as eleições, mas a factura chega logo a seguir

O Governo já está a preparar activamente as eleições. Agostinho Branquinho confirmou-o inadvertidamente ontem, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) da Assembleia da República.

Com efeito, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança disse que os novos cortes previstos no Orçamento do Estado para 2014 ainda não foram feitos em Janeiro. Nem serão feitos em Fevereiro. Talvez em Março ou mesmo só no segundo semestre — as duas possibilidades foram ontem admitidas por Branquinho (cf. Pedro Marques no Facebook).

As respostas confusas de Branquinho estenderam-se também ao tipo de cortes “adiados”. Fica-se com a ideia de que se referia não apenas à Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), mas também aos cortes nas pensões de sobrevivência (as que estão a cargo da segurança social) e à dupla penalização¹.

Num aspecto Branquinho não vacilou. Os cortes que agora não estão a ser feitos serão retroactivamente promovidos no segundo semestre — em “prestações” para “não impactar no bolso” dos pensionistas. Após as eleições europeias. Que se lixem as eleições.

______
¹ Confusões de Agostinho Branquinho reflectidas nos relatos dos media: por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.