Os sete pecados mortais da privatização do ensino público (em todas as suas variantes):
a) O aumento das desigualdades, da segregação e do elitismo na sociedade portuguesa;
b) O aumento do abandono e consequentemente do insucesso escolar;
c) O aumento da despesa pública e privada com a educação;
d) A progressiva substituição do ensino público laico por um ensino confessional;
e) A monumental transferência de recursos públicos para interesses privados;
f) A inevitável diminuição dos magros salários dos professores; (de onde se pensa que pode vir o lucro se mais de 80% dos custos são custos salariais?)
g) A progressiva erosão da coesão social e da identidade nacional.
A questão a que os defensores ideológicos do ensino privado não gostam de responder é simples e directa: há em Portugal alguma limitação à instalação e à frequência do ensino privado desde o pré-primário ao superior? A resposta é igualmente simples e directa: não, não existe nenhuma limitação ou constrangimento.
Qual é então o problema? Evidentemente o poder, o lucro e o privilégio, os interesses que a direita persegue implacavelmente e que tenta encobrir com a retórica da liberdade. Liberdade que, de facto e de direito, já existe.