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segunda-feira, março 03, 2014

A falir outros não há como a Alemanha

• Ferreira Fernandes, A falir outros não há como a Alemanha:
    «(…) Qual foi a parte de "não há bons, de um lado, e maus, do outro" que não perceberam? Ah, perceberam tudo, então expliquem à Alemanha que era melhor não ter acirrado uma das partes da Ucrânia contra a outra... Mas chega de más notícias, vou dar uma boa: não vai haver guerra. Sabem porquê? Porque nas guerras é necessário dois lados. E neste caso só um é certo: a Rússia não vai perder uma parte essencial de si. O outro lado, a União Europeia que acirrou, vai espernear com palavras mas não vai espingardar, por que não tem com quê. Então, a União Europeia vai ficar com um Estado falido nos braços. Como antigamente, a Alemanha perde mais uma guerra. Como recentemente, mostra que é boa a empobrecer os outros. Mas, valha a verdade, continua a saber vender Audis.»

domingo, março 02, 2014

segunda-feira, dezembro 23, 2013

sexta-feira, novembro 29, 2013

A Europa do eixo Merkel-Merkel

Financial Times, 24 de Setembro

Sérgio Sousa Pinto no Facebook:
    ‘O espectacular fiasco europeu na tentativa de atrair à sua órbita a Ucrânia e demais vizinhos ex-soviéticos com a sua parceria oriental, dá que pensar. Vilnius marcou o fim de uma era em que o prestígio e a prosperidade europeia faziam da integração um horizonte indiscutível e muito desejado pela vizinhança. Embrulhada na crise do Euro, a esfolar o sul "resgatado" em obediência ao diktat dos credores, sem uma comissão independente e relevante para afirmar o interesse comum, e rendida à liderança do mercantilismo alemão, a Europa, prestes a perder o Reino Unido, disfarça mal a sua decrepitude. Bem podem acusar a Rússia de forçar a mão aos vizinhos. A Rússia oferece energia, um mercado enorme e menos competitivo, com taxas de crescimento superiores às europeias. E oferece outra certeza: vai continuar. O mesmo não se poderá dizer hoje, com a mesma segurança, da Europa unida. Receio que este desaire não tenha sido um acidente. Antes uma viragem. A Europa cada vez menos tem interesses comuns a defender, e cada vez esconde pior que os interesses pelos quais se bate não são comuns. A Rússia pô-la no seu lugar e prepara-se para ser o único actor geostratégico na região, como acontecia até 1989. É a Europa do eixo Merkel-Merkel.’

domingo, agosto 12, 2012

Pussy Riot

Nadezhda Tolokonnikova, membro da banda punk  Pussy Riot

• Fernanda Palma, Sentimentos políticos:
    ‘Três jovens russas, pertencentes à banda punk "Pussy Riot", cantaram uma "oração" num templo de Moscovo, criticando a aliança entre o poder estabelecido e a Igreja russa. As jovens dirigiram o seu protesto, em especial, contra o Presidente Vladimir Putin e contra o Cardeal Kiril, líder ortodoxo que apelou ao voto no presidente nas eleições de Março passado.

    As três jovens – de 29, 24 e 22 anos de idade – estão a ser julgadas em Moscovo e o Ministério Público pediu que fossem condenadas a três anos de prisão por atos de vandalismo provocados por ódio religioso. Neste domínio, o Código Penal português prevê crimes de ultraje por motivo de crença religiosa e a ato de culto, puníveis com prisão até um ano.

    Perante este julgamento, tem todo o sentido colocar o problema de saber até que ponto a liberdade de expressão pode ser limitada para proteger sentimentos religiosos. Na perspetiva do Estado de Direito democrático, a liberdade de expressão não deve ser coartada, à partida, por sentimentos religiosos e muito menos ainda por sentimentos políticos.

    A liberdade de expressão é um corolário da essencial dignidade dos seres humanos e constitui um instrumento da democracia, pois permite, pela controvérsia que gera, formar uma opinião esclarecida. A liberdade religiosa permite a máxima expressão da identidade cultural e também é, nesse sentido, essencial para preservar a dignidade de cada pessoa.

    Quando haja conflito, que liberdade prevalece? (…)’